Esses novos elementos fazem de Tonight um disco ousado na carreira do Franz Ferdinand. Não que você não vá reconhecê-los; o próprio vocalista Alex declarou que a banda é dessas que soam sempre da mesma maneira, não importa o que façam. Mas não espere encontrar em Tonight outra Take Me Out. Causam certa estranheza os vocais sussurrados em Ulysses, o groove de Turn It On, o flerte com a dance music em Live Alone, o compasso meio reggae de Send Him Away e assim sucessivamente. Lucid Dreams, que apareceu em algumas FMs brasileiras, pode se parecer com tudo o que o Franz já fez, nos primeiros três minutos – mas a faixa segue com mais quase 5 minutos em que se tem a impressão que a banda foi abduzida por DJs. A ligeira mudança de direção vem em boa hora para o quarteto. O Franz alcançou a fama no auge do indie rock, quando toda semana surgia no Reino Unido alguma banda que salvaria a música. Mas o estilo foi perdendo terreno para híbridos de vertentes eletrônicas e do rap – vide a escalação de Kanye West para o Tim Festival 2008,

 
 
 
 
 
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