A peculiar cantora islandesa Björk, em entrevista ao site britânico The Lipster, fala sobre seu último disco, a turnê mundial, o público - inclusive o do Brasil - e sobre seus atritos com a China

É importante se lembrar das diferenças culturais em turnê

Bjork: Eu gosto de ver as diferentes reações do público de diversos lugares. No Peru, eles cantam junto muito alto e às vezes entoam contra-melodias que eu nunca ouvi. Eles nem falam inglês tão bem e cantam mais alto que nós, coisas difíceis, é muito lindo! No Brasil, eles são mais ligados aos ritmos, percebem as menores variações. Cantei uma música, Desired Constellations, que tem uma batida 4/4 contra um som triplo, e eles estavam lá em total sincronia. Você não veria isso na Inglaterra! Na Itália eles sempre cantam assim: [imita o Pavarotti]. Eles realmente cantam! E na Alemanha eles batem palmas em perfeita harmonia com a batida. Eu não sou nem um pouco nacionalista, mas ver essas diferenças entre as culturas... É importante se lembrar de que elas existem, eu acho, para poder tocar mais para elas.

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