A peculiar cantora islandesa Björk, em entrevista ao site britânico The Lipster, fala sobre seu último disco, a turnê mundial, o público - inclusive o do Brasil - e sobre seus atritos com a China

Uma questão de sensacionalismo

Bjork: Quando eu disse "Tibet, Tibet" [Björk refere-se ao episódio ocorrido durante um show na China que a tornou persona non grata por lá], eu sussurrei três vezes. Não houve confusão no lugar. Aconteceu depois em websites. Isso mostra sobretudo que a China vai se tornar a próxima superpotência do mundo. E a questão é: como eles vão lidar com assuntos da moral Ocidental como a liberdade de expressão? A China disse, “É óbvio que a Björk planejou uma viagem à China com o objetivo de fazer propaganda política...” e eu dizia, não! Não é verdade! Foi uma questão de sensacionalismo. Talvez, depois do que aconteceu, as pessoas achem difícil acreditar que eu não queria falar de política. Mas eu ainda trabalho de um ponto de vista emocional, e minhas músicas vêm de experiências pessoais e privadas. Mesmo músicas como Declare Independence para mim são sobre humanidade.

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