Entre o final dos anos 60 e início dos 70, tivemos o movimento hippie. O local era os EUA, principalmente San Francisco - you should wear some flowers in your hair. O contexto é muito claro: Flower Power versus Guerra do Vietnã. Quando o seu irmão vai pra uma guerra estúpida tudo o que você quer é que essa guerra acabe. Era um movimento pacifista: a roupa e a música deveriam refletir isso. Aos poucos, o movimento foi cooptado, e passou a se dizer hippie qualquer um que não tivesse muita coisa na cabeça e fosse ou vagabundo, ou hedonista. Sobrou muito pouca brasa nessa fogueira, e cinzas demais. Mesmo assim, a partir daí a roupa que se usava e a música que se ouvia passou a ter uma relação estreita com o que se pensava sobre o mundo. Descobriu-se que essa relação tinha força. É a partir dessa influência, e perspectiva, que eu vou contar essa história. O que virá aos poucos nesta revista. Passaremos pelo punk, Londres e as greves. Em seguida o grunge, Seattle, e por último... aí está a graça, e eu não vou estragar o final. Let alone Beatles, Who, Stones. Música e gênio não é música, moda e ideologia. Cada macaco no seu galho. Eu só falo do que entendo.

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