A ciência por trás do ouvido

O nome mp3 é uma sigla, que significa MPEG 1 Layer-3 e indica a compressão do arquivo de som. Numa explicação bem grosseira, funciona assim: do arquivo original gerado no estúdio, se retira tudo aquilo que supostamente não se ouve – os sons que estão em faixas de freqüência que o ouvido humano não detecta e aqueles encobertos por outros sons muito próximos, porém mais intensos.

O resultado desse processo é um arquivo de tamanho razoável para gravação em computador e distribuição. Lembram dos arquivos wav? Anteriores ao mp3, eles ocupavam cerca de dez vezes mais espaço, o que tornava inviável manter músicas inteiras num disco rígido – e menos viável ainda levá-las num aparelho portátil.

A compressão de músicas, no entanto, tem falhas. Ela acaba eliminando sons que são, sim, audíveis. Isso leva uma porção de artistas e produtores a renegar o mp3 e a anunciar que as inovações tecnológicas “estragam” a música. Um deles é Donald Fagen, o vocalista do Steely Dan. Ele já declarou: “Deus está nos detalhes. Mas eles foram apagados.”

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